Nesta madrugada (22-05-2009), faleceu o cantor e compositor Zé Rodrix, autor de 'casa no Campo' e mais recentemente de Jesus numa moto (abaixo). Rodrix surgiu no cenário musical junto com os também jovens garotos do 'Clube da Esquina'.
Queriam mudar o mundo através de sua arte. E talvez o tenham feito. Se não o mundo de um coletivo, ao menos o mundo de algumas centenas de indivíduos.
Tem mais: mensuração nessa hora não, né!
Recentemente vi Rodrix no excelente programa Bola da Vez (ESPN Brasil), comandado pelo jornalista José Trajano.
E Rodrix parecia não estar contente no CAMINHO que escolheu nos últimos anos: publicitário - de grande sucesso. Parecia querer mais.
Talvez o artista se sentisse preso. sei lá: foi apenas uma impressão...
Pouco depois ouvi 'Jesus numa Moto'. Confesso que ao ouvi-la chorei (aff! nesse blog estou confessando que sou um grande chorão!). E foi por empatia.
É uma música de quem pressente que não tem muito tempo para cumprir o que julga sua tarefa. Fala do desejo de ser Dandi - totalmente entregue a sua causa: "Eu vou virar a própria mesa..."
Poxa! para quem saiu de casa aos 17 anos e compôs 'Primeira Canção da Estrada', música que falava da surpresa e dor de ver todo mundo sem se entender, das pessoas tristes... E seria sua mensagem que alegraria os corações... Mas e o maçante da vida? E as pessoas sem profundidade nenhuma, que não conhecem nada; nem ao menos procuram se conhecer, vivendo num mundo pronto, acabado, sem nada a acrescentar?
E ter que se submeter a tudo isso...
É ele quem diz ou sou eu?
Claro que sou eu..
Rodrix alçou voo com sua moto... não foi a uma "cidade mais próxima (como em 'Primeira Canção...')".
Ele foi aos céus...
Ao seu céu.
E Eu?
Estou aqui... Jogando milhos aos pombos... "Preso nesta cela ..."
adeus amigo...
Queriam mudar o mundo através de sua arte. E talvez o tenham feito. Se não o mundo de um coletivo, ao menos o mundo de algumas centenas de indivíduos.
Tem mais: mensuração nessa hora não, né!
Recentemente vi Rodrix no excelente programa Bola da Vez (ESPN Brasil), comandado pelo jornalista José Trajano.
E Rodrix parecia não estar contente no CAMINHO que escolheu nos últimos anos: publicitário - de grande sucesso. Parecia querer mais.
Talvez o artista se sentisse preso. sei lá: foi apenas uma impressão...
Pouco depois ouvi 'Jesus numa Moto'. Confesso que ao ouvi-la chorei (aff! nesse blog estou confessando que sou um grande chorão!). E foi por empatia.
É uma música de quem pressente que não tem muito tempo para cumprir o que julga sua tarefa. Fala do desejo de ser Dandi - totalmente entregue a sua causa: "Eu vou virar a própria mesa..."
Poxa! para quem saiu de casa aos 17 anos e compôs 'Primeira Canção da Estrada', música que falava da surpresa e dor de ver todo mundo sem se entender, das pessoas tristes... E seria sua mensagem que alegraria os corações... Mas e o maçante da vida? E as pessoas sem profundidade nenhuma, que não conhecem nada; nem ao menos procuram se conhecer, vivendo num mundo pronto, acabado, sem nada a acrescentar?
E ter que se submeter a tudo isso...
É ele quem diz ou sou eu?
Claro que sou eu..
Rodrix alçou voo com sua moto... não foi a uma "cidade mais próxima (como em 'Primeira Canção...')".
Ele foi aos céus...
Ao seu céu.
E Eu?
Estou aqui... Jogando milhos aos pombos... "Preso nesta cela ..."
adeus amigo...
Jesus Numa Moto
Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue
Dando ordens a quem não sabe
Obedecendo a quem tem
Só espero a hora
Nem que o mundo estanque
Pra me aproveitar do conforto
De não ser mais ninguém
Eu vou virar a própria mesa
Quero uivar numa nova alcatéia
Vou meter um "Marlon Brando" nas idéias
E sair por aí
Pra ser Jesus numa moto
Che Guevara dos acostamentos
Bob Dylan numa antiga foto
Cassius Clay antes dos tratamentos
John Lennon de outras estradas
Easy Rider, dúvida e eclipse
São Tomé das Letras Apagadas
E Arcanjo Gabriel sem apocalipse
Nada no passado
Tudo no futuro
Espalhando o que já está morto
Pro que é vivo crescer
Sob a luz da lua
Mesmo com sol claro
Não importa o preço que eu pague
O meu negócio é viver
Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela...
Dando ordens a quem não sabe
Obedecendo a quem tem
Só espero a hora
Nem que o mundo estanque
Pra me aproveitar do conforto
De não ser mais ninguém
Eu vou virar a própria mesa
Quero uivar numa nova alcatéia
Vou meter um "Marlon Brando" nas idéias
E sair por aí
Pra ser Jesus numa moto
Che Guevara dos acostamentos
Bob Dylan numa antiga foto
Cassius Clay antes dos tratamentos
John Lennon de outras estradas
Easy Rider, dúvida e eclipse
São Tomé das Letras Apagadas
E Arcanjo Gabriel sem apocalipse
Nada no passado
Tudo no futuro
Espalhando o que já está morto
Pro que é vivo crescer
Sob a luz da lua
Mesmo com sol claro
Não importa o preço que eu pague
O meu negócio é viver
Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela...
Link para ver esta música em Show ao vivo...
Viva o silêncio das línguas cansadas.
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