Relendo algumas das minhas últimas postagens, percebi que vira-e-mexe eu cito algum amigo como referência para algo. Todos eles, inclusive os que comentaram algo, são oriundos de um passado já um tanto distante: principalmente da juventude e do tempo de universidade.
Será muita nostalgia?
Será que sou muito ranheta hoje e por isso tenho poucos amigos?
Será apenas o fato de que a vida adulta, família, requer muito tempo e quase não nos permite conhecer novas pessoas?
Ou o mais triste:
Vivemos, ganhamos experiência e, por isso, cada vez mais desconfiamos do ser humano.
Seja como for fiquei feliz de ter reencontrado recentemente um amigo que não via Há Tempos, o Hélinho...
Essa canção é para ele:
A melhor história jamais deverá ser contada, assim como o melhor escritor jamais deverá escrevê-la...
Foi o que há uns tempos eu pensei, apoiado por alguma loucura extra.
Se a melhor história é aquela que guarda sutileza - não a toa. Porque até "Guerra e Paz ", (obra de mais de 1.500 páginas, de León Tolstói) é sutil.
Sutil dentro da sua mais apta verdade.
Mas não a toa, porque ou a busca é pra valer ou é melhor nem tentar nada com arte - que é maior expressão humana.
E o hipotético melhor escritor, por característica de sua humanidade tão intensa, desaba rumo a auto-anulação.
Daí escrever torna-se algo que não deve ser feito, seria um retrocesso.
Esse é um pensamento a ser reescrito.
Corre porém o risco de já o ter lido num dos escritores ídich. Tipo Peretz.
O POEMA
de uma história que não acaba...
Repousam canções
Ainda por fazer.
Em estado ideal
Tangem-se ao mundo
– destino fatal!
O vento as semeia
– por dias a fio...
embriagam novos amantes
que as saboreiam
como a linha que costura
aparece e se esconde
na vida tecida
– o hoje é incógnita.
Há o ontem que já foi
E o amanhã - que não virá –.