quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sexo é vida...

UM AMIGO meu, que não vejo há tempos, mas que todos os dias trago-o comigo, viu este blog e disse: "muito melancólico..." E QUE É MESMO! Para meu espanto. Por isso vou postar uns versos íntimos... E digam que isso não é alegria. Se é que melancolia tem algum contrário.





Efeméride
Eu quero alguma efemeridade
mesmo pequena, como o prazer de escrever
este mesmo poema, como entrar em teu sexo
Ó fêmea-amada!

Seria um pecado mortal, para um poeta taciturno
que enleva a morte a tal: Deusa de todas as noites,
professora ritual, grande mestra da esperança.
Ó fêmea-amada!

Enlevando a noite, canta também a terra, o charco
Com que pisas e te enterras todo o corpo de mortal.
Mãe-de-todos fertiliza esse pobre, seu cantor!
Ó fêmea amada!

Só por um dia, tua benção, mesmo exígua
concedida como carne, àquele que com fome
em teus braços quer morrer, dá-te!
Mesmo efeméride:

Com tuas águas, terra ou charco, dá tua vida!
Ó fêmea-amada!

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