terça-feira, 9 de junho de 2009

O Fim existe?

A Érica,
do Blog CONFINS (o link para ele está na minha página), escreveu corajosamente sobre O FIM.
Escrever sobre começos é fácil. Inclusive aquelas pessoas que nada fazem estão sempre falando de começar isso ou aquilo.
Como diria minha mãe:
"quem muito fala nada faz".
Também dizia:
"pau que nasce torto mija fora da bacia".
Mães sempre dizem coisas que as vezes vivemos para lhes dar significado.
Mas esse foi um pensamento arbóreo.
Inclinado.
Voltemos.

AS COISAS ACABAM DEFINITIVAMENTE?

Para o indivíduo, sim. Seria loucura (das ruins) dizer ao contrário. MAS O INDIVÍDUO É UM FIM EM SI MESMO?
Não é ele um ser moldado de partes ínfimas de outros seres, do passado e do presente, do seu habitat etc.
Ao menos o é assim para a história, a etno-história.

Mas falamos disso ou de espiritualidade. Mas a espiritualidade não é um olhar para dentro de si e, portanto, para todos aqueles que existiram antes de nós?

Sei lá.
Responda você:

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Escrevi um poema sobre isso e uma coisa besta. lá no blog da Érica.
Primeiro vou postar a coisa besta. Depois o poema.

COISA BESTA:

A melhor história jamais deverá ser contada, assim como o melhor escritor jamais deverá escrevê-la...

Foi o que há uns tempos eu pensei, apoiado por alguma loucura extra.
Se a melhor história é aquela que guarda sutileza - não a toa. Porque até "Guerra e Paz ", (obra de mais de 1.500 páginas, de León Tolstói) é sutil.

Sutil dentro da sua mais apta verdade.

Mas não a toa, porque ou a busca é pra valer ou é melhor nem tentar nada com arte - que é maior expressão humana.
E o hipotético melhor escritor, por característica de sua humanidade tão intensa, desaba rumo a auto-anulação.

Daí escrever torna-se algo que não deve ser feito, seria um retrocesso.

Esse é um pensamento a ser reescrito.

Corre porém o risco de já o ter lido num dos escritores ídich. Tipo Peretz.


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O POEMA

de uma história que não acaba...


AMANTES DE NOVOS TEMPOS
Dormentes sob escombros
Repousam canções
Ainda por fazer.

Em estado ideal
Tangem-se ao mundo
– destino fatal!

O vento as semeia
– por dias a fio...
embriagam novos amantes
que as saboreiam

como a linha que costura
aparece e se esconde
na vida tecida
– o hoje é incógnita.
Há o ontem que já foi
E o amanhã - que não virá –.


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Um comentário:

  1. Mais ainda sim quero que o fim seja transitório, que exista ao menos uma perspectiva de um outro começo ou de um novo começo, para que a vida subsista em forma de eserança... não sei, é um pouco de melancolia talvez...

    gosto desta nossa conversa, beijo.

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