domingo, 26 de abril de 2009

Chove ...


...

Chove.

E o vento frio atravessa soprando

um silêncio sustido

Dual, travestido, de angústias vindouras.



Chove.

E dos espelhos d’alma

Vislumbro com calma [Lá fora

a saudade

[que olha meus olhos molhados]: parada



Chove.

E em tal distância

qualquer desejo de felicidade espanta

primavera dos anos de antanho.



Chove.

E as cúrias vãs da memória

[sentado em quase embaraço]

dissolvem-se como torrão de açúcar

em meu copo de chá.






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